sábado, 4 de junho de 2011

Artigo...02


CENTRO SUL BRASILEIRO DE PESQUISA
EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO-CENSUPEG.

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA

TANIA Ross
CURITIBANOS
2008

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA
A Importância da Alfabetização Matemática como Ferramenta contra o Fracasso Escolar.


Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de
pós-graduação em Química, do Centro Sul –Brasileiro de Pesquisa Extensão e Pós-graduação, como requisito para a obtenção do Certificado de Especialização Orientado pelo Professor............................................


ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA
A Importância da Alfabetização Matemática como Ferramenta contra o Fracasso Escolar.

Banca Examinadora
Professor (a)..................................................................................................
Professor (a)..................................................................................................
Data..../..../....
Curitibanos
2008

1-       Tema: Alfabetização Matemática.


1-1-       Título: A importância da alfabetização matemática como ferramenta contra o fracasso escolar.

1-2- Justificativa:
            A matemática está presente em nossa vida desde muito cedo. Logo que nascem, as crianças estabelecem relações entre os objetos, reconhecem suas semelhanças e diferenças e distingem sua características. Mesmo antes de entrarem na escola, aprendem matemática, a partir de suas próprias ações à medida que buscam soluções para resolver situações do cotidiano: classificam, ordenam, quantificam, medem e assim mantém uma boa relação com a matemática.
            Mas, é na escola que a matemática apresenta suas maiores dificuldades de aprendizagem e o maior índice de rejeição comparado a ouras disciplinas.
Em geral, as investigações realizadas no cotidiano escolar têm mostrado que pouco se trabalha com Matemática no início da escolarização. Seja na educação infantil ou nas séries iniciais do ensino fundamental a prioridade no trabalho dos professores são os processos de aquisição da leitura e da escrita e, como se não fosse componente fundamental da alfabetização, a Matemática é relegada a segundo plano, e ainda assim tratada de forma descontextualizada, desligada da realidade, das demais disciplinas e até mesmo da língua materna.
Este tipo de postura pedagógica que aliena o conhecimento matemático como se
fosse pronto, fechado em si mesmo e alheio a qualquer outro tipo de conhecimento, há muito tempo é alvo de críticas, entretanto, é uma realidade no cotidiano escolar.
            Diante dessa realidade urge a necessidade de se planejar uma alfabetização matemática voltada ao entendimento e interação da disciplina com a realidade dos alunos. Não basta saber que a dificuldade existe, é preciso fazer algo para combatê-la, descobrir onde começa, impedindo seu crescimento entre os alunos até eliminá-la, acabando de vez com a aversão em relação a disciplina.

1-3-Problema:
Atualmente o ensino da Matemática se apresenta descontextualizado, inflexível e imutável, sendo produto de mentes privilegiadas. O aluno é, muitas vezes, um mero espectador e não um sujeito partícipe, sendo a maior preocupação dos professores cumprir o programa. Os conteúdos e a metodologia não se articulam com os objetivos de um ensino que sirva à inserção social das crianças, ao desenvolvimento do seu potencial, de sua expressão e interação com o meio.
[...] o ensino de Matemática prestará sua contribuição, à medida que forem exploradas metodologias que priorizem a criação de estratégias, a comprovação, a justificativa, a argumentação, o espírito crítico, e favoreçam a criatividade, o trabalho coletivo, a iniciativa pessoal e a autonomia advinda do desenvolvimento da confiança na própria capacidade de conhecer e enfrentar desafios (BRASIL, 2000, p. 31).


            1-4- Formulação de Hipótese:
           
            Pesquisas divulgadas recentemente mostram que grande maioria dos alunos tem deficiência no domínio de habilidades da disciplina de Matemática tais como cálculo mental, , a avaliação de resultados, a estimativa, o estabelecimento de relações lógicas.
            Analisando o quadro educacional hoje, podemos  sugerir algumas causas de todo esse fracasso no ensino principalmente da matemática.
            O primeiro e talvez o maior deles é a má formação e a desvalorização dos professores, que na  maioria dos casos escolhem a carreira por falta de opção e depois recebem uma formação com muitas defazagens.
            Outro fator é a forma descontextualizada como se trabalha a matemática, alheia à realidade e sem significado algum  ao interesse dos alunos.
            Finalmente observa-se o principal causador do fracasso na disciplina de Matemática, a falta de se trabalhar uma alfabetização matemática junto ao letramento, pois é desde a educação infantil que o ensino de matemática deve ser valorizado como base da formação da criança.

1-5- Objetivos:

            1-5-1- Objetivo geral:
            Compreender a importância da alfabetização matemática como ferramenta contra o fracasso escolar em todas as fazes da escolarização;

            1-5-2- Objetivos Específicos:
-              Analisar a forma fragmentada como a matemática vem sendo trabalhada junto aos alunos;
-              Verificar que uma prática pedagógica voltada à realidade dos alunos trás grandes contribuições a aprendizagens;
-              Entender a importância da Educação Infantil para a formação da criança;
-              Pesquisar alternativas que tornem as aulas de Matemática mais atrativas para os alunos;
1-6- Revisão de Literatura:        
           
                        Ao iniciar sua vida escolar, a criança inicia o processo de alfabetização, não só em sua língua materna como também na linguagem Matemática, construindo o seu conhecimento segundo as diferentes etapas de desenvolvimento cognitivo; um bom ensino nesse nível é fundamental.
[...] o aprendizado das crianças começa muito antes delas freqüentarem a escola. Qualquer situação de aprendizado com a qual a criança se defronta na escola tem sempre uma história prévia. Por exemplo, as crianças começam a estudar aritmética na escola, mas muito antes elas tiveram alguma experiência com quantidades – elas tiveram que lidar com operações de divisão, adição, subtração e determinação de tamanho. Consequentemente, as crianças têm a sua própria aritmética pré-escolar, que somente psicólogos míopes podem ignorar (VYGOTSKY, 1989, p. 94-95).
É Fundamental ver o aluno como um ser social e político sujeito de seu próprio desenvolvimento. O professor não precisa mudar suas técnicas, seus métodos de trabalhos; precisa sim, ver o aluno como alguém capaz de estabelecer uma relação cognitiva e efetiva, mantendo uma ação interativa capaz de uma transformação libertadora, que propicia uma vivência harmoniosa com a realidade pessoal e social que o envolve.
...se negamos às crianças uma educação significativa, asseguramos que seguirão dominado a ignorância, a irresponsabilidade que com freqüência preponderam entre os adultos. Talvez seja tratar as crianças como pessoas o preço que devamos pagar ao longo prazo para conseguir melhorias sociais bastante substanciais.
( m. Lipmam)

Pesquisas indicam que professores da Educação infantil e sérias inicias escolheram essa carreira pelo desgosto pela disciplina de Matemática, havendo assim, uma grande contradição pois esses mesmos professores deveriam estar preparados para formar o aluno para os conhecimentos também matemáticos, problematizando situações, e transformando resultados.
            É fundamental que o professor tenha uma formação sólida no conhecimento matemático. Observa-se que as crianças onde o professor busca contextualizar sua realidade, ela envolve-se muito mais, organiza seu pensamento, melhora a interpretação e busca sozinha respostas, cria estratégias de resolução de problemas e sente prazer em responder.
            Segundo Lucchese, (1994, pg.33):
...as crianças que manipulam números com destreza em diversas atividades fora da escola fracassam nas aulas de matemática, o que evidencia falha no ensino que não tem incorporado os números usando-os no cotidiano. Esses números do “dia-a-dia”, quando estão integrados num contexto, adquirem significado para os alunos, que portanto, tem sucesso em seu manejo.

            Assim, a matemática deve estar presente no dia-a-dia fazendo parte das mais diversas situações, relacionada com outras disciplinas desafiando o aluno a falar, escrever, interpretar.
            O professor ao preparar suas aulas não deve olhar somente as coisas prontas e definitivas, mas voltar-se para a construção do conhecimento junto ao educando, evoluindo para uma compreensão do significado contextualizado. Segundo a Proposta Curricular de Santa Catarina:
A matemática deve ser entendida como um conhecimento vivo, dinâmico, produzido ao longo da história, nas diferentes sociedades. Esse conhecimento é sistematizado e organizado linguagem simbólica própria  por algumas culturas, entendendo as necessidades concretas da humanidade: compreender, interpretar e transformar as realidades.           ( Proposta Curricular, 1999 p. 16 )

            A matemática tem um campo amplo de relações que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de projetar, prever e abstrair favorecendo o raciocínio lógico de cada um. Apresenta um conhecimento de aplicabilidade gigantesca, instrumento importantíssimo para diferentes áreas do conhecimento, ligado às ciências da natureza, como às sociais, esse conhecimento deve ser explorado amplamente desde a educação infantil até as séries seguintes.
            Sabemos que a maioria dos problemas do ensino de matemática, do insucesso, não está apenas na metodologia trabalhada, envolve também o ambiente de trabalho, os materiais disponíveis, a insatisfação dos professores, problemas familiares ou psíquicos que os alunos trazem e refletem na escola. Porém, cabe a cada educador matemático buscar formas alternativas de significar o ensino superando possíveis problemas no caminho.
            1-7- Metodologia:
           
            A metodologia utilizada na elaboração desse projeto de pesquisa apresenta um caráter fenomenológico, pois estuda um fenômeno educacional que é o fracasso escolar proveniente de problemas de aprendizagem na disciplina de matemática. Busca explicações através de pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, sugerindo possíveis saídas para a crise.
            1-8- Cronograma:


Meses 2008
 Descrição das Etapas

Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho

Revisão Bibliográfica


X




Coleta de Dados Bibliográficos



X



Análise de Dados





X


Redação e Correção






X

Entrega do Relatório






X

            1-9-Referênicas Bibliográficas:

Carmo Moura, Cláudia Pereira: Pró Letramento Matemático, ed. Reve. Brasília, 2007

Mello e Souza, Júlio César: Matemática divertida e curiosa, ed. Record. São Paulo, 2008

Proposta Curricular de Santa Catarina- COGEN. Florianópolis, 1999

Schubing, Gert: Análise Histórica dos Livros de Matemática, ed. Autores associados.      São Paulo, 2003

Stewart, Ian: Mania de Matemática, ed. Zahar. Rio de Janeiro, 2008-01-28






           


artigos...